DÍVIDAS HÁ 5 ANOS:
ESTADO: 130 MIL MILHÕES
EMPRESAS: 271 MIL MILHÕES
PRIVADOS: 168 MIL MILHÕES
TOTAL: 569 MIL MILHÕES
MARÇO 2013:
ESTADO: 244 MIL MILHÕES
EMPRESAS: 305 MIL MILHÕES
PRIVADOS: 164 MIL MILHÕES
TOTAL: 713 MIL MILHÕES
No entretanto, o PIB passou de 172 mil milhões para 162 mil milhões.
Se a taxa de juro média dos empréstimos rondar os 4,5%, então todos os anos transfere-se dos devedores para os credores a módica quantia de 32 mil milhões de euros só em juros, ou quase 20% do nosso PIB.
E se a maturidade média dos empréstimos for de 10 anos, é preciso amortizar anualmente cerca de 71 mil milhões de euros, ou 45% do nosso PIB.
Somando a amortização de capital mais os juros, o valor ronda os 100 mil milhões de euros anualmente, ou 61,7% do nosso PIB.
Alguns credores serão domésticos, o que não é tão mau assim, mas certamente que uma boa parte serão estrangeiros, fazendo com que o dinheiro liquidado desapareça da nossa economia mais depressa.
Tudo está a ser feito para que o crédito não falte a ninguém, e portanto o desmame que os privados já fazem é uma espécie de aberração financeira aos olhos dos "gurus" económicos. Os próprios bancos iriam à falência se o crédito total concedido começasse a cair fortemente. Suspeito que a dívida total não irá diminuir nos próximos tempos. Toda a gente sabe que a quebra deste valor induzirá mais recessão no curto prazo, e ninguém está disposto a fazer sacrifícios AGORA em nome de um futuro melhor. Se se reduzir o défice para 3% ou 2% do PIB nos próximos anos já será espetacular, mas certamente que o endividamento continuará a ser necessário, visto não se perspetivar crescimento económico com percentagens semelhantes.
Tiago Mestre
Sem comentários:
Enviar um comentário