quinta-feira, 2 de maio de 2013

Escrita em dia


Blogue: Palavrossavrvs Rex

A DECADÊNCIA DO SOCIALISMO FRANCO-PORTUGUÊS

Houve um tempo, demasiado recente, em que gastar dinheiro em Portugal era todo o âmbito da política. O que importava fazer? Gastar. Em quê? Não importa. Importa gastar. Era o socialismo. Quinze anos dele.

Deu-nos estagnação do PIB, deu-nos facilidades amargas, dívidas à fartazana, facilitismo, falências, um cortejo guloso de políticos na gula gananciosa de rapar em pelo menos duas legislaturas. Mas agora temos Gaspar, o Marciano, alguém que não contemporiza com detalhes, não se apieda com choradinhos, nem se detém com impostores de Esquerda ou com Moralistas Socialóides com demasiado boa consciência e as mãos vazias de economia, risco pessoal, em benefício dos pobres dos desempregados.

Graças a Gaspar, nunca a realidade deu tanta coça a um País mal-habituado, indústrio-desactivado, viciado em dinheiro natural como a nossa sede por anos e anos de socialismo optimista. Deveríamos agradecer a Gaspar o dom da sova que levamos. Finalmente, há pancada em Portugal e levar porrada deixou de ser politicamente só garganta. Levar no focinho era, há muito, uma necessidade nacional. Eça por interposto Ega advogava precisamente uma sova regeneradora, repleta de sangue e aprendizagem automática do orgulho português. Ora, aquilo que nos seria inoculado por uma brutal invasão espanhola, está a ser-nos ministrado por uma brutal tesourada social e uma abstenção solidária alemã.

Portanto, estamos à espera de um espancamento há pelo menos cento e trinta e três anos, tomando simbolicamente a data de publicação de Os Maias como ponto de partida. Por isso, nada de mariquices. Contrololem aí os paneleirismos sociais e a vontade de chorar. Agora é a sério. O socialismo decadente resultou no pior possível a um País só capaz do Ouro do Brasil ou dos Fundos Comunitários, incapaz de mais nada especialmente agora que a Alemanha já não avalizar mais regabofe.

O que é o socialismo decadente? Dirigentes cujos actos e modo de vida falam por si, no refúgio parisiense, na treta comentadora que não faz acontecer ou na covarde paralisia eleitoralesca do Largo do Rato. Não estão sós. O decadente socialismo francês também está repleto de mentirosos em directo, contas em offshores escondidas, negadas e renegadas, lágrimas de crocodilo e sobretudo aquela paperasserie que bloqueia tudo aquilo que importa: economia, mas não os swap, as PPP, a longa lista de merdas que nem o diabo vê.