Presidente do banco central alemão diz que, em crises futuras, os países da zona euro devem poder optar por declarar bancarrota.
"Com a crise, tivemos muito cuidado para evitar os riscos de uma bancarrota" por medo de um efeito de contágio, explicou Weidmann, conhecido como defensor de políticas conservadoras monetária e orçamental, durante uma conferência organizada pelo Banco de França e pelo banco central alemão em Paris. Contudo, defendeu, a hipótese devia existir.
"A longo prazo, deveríamos permitir que um Estado possa, como último recurso, declarar bancarrota", sublinhou o presidente do Bundesbank, adiantando que esta possibilidade é "um elemento chave" para disciplinar os mercados.
"É por isso que trabalhamos, para separar os Estados e os sistemas bancários", exemplificou.
A zona euro trabalha actualmente para adoptar uma união bancária, que se traduzirá nomeadamente na entrada em vigor de um supervisor único bancário a partir de 2014.
A criação do supervisor único bancário responde nomeadamente à verificação durante a crise de que as condições de refinanciamento dos bancos estão frequentemente associadas ao risco soberano do país onde estão localizados, tornando a liquidez muito cara para os países com mais dificuldades.
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