O fenómeno registrado no forte aumento da criação de emprego se deveu à agricultura e aos salários abaixo do salário mínimo.
Os portugueses fizeram um regresso às origens. Os portugueses que ficaram sem oportunidade de trabalho na cidade e que optaram por não emigrar voltaram a uma economia de subsistência.
Depois de anos e anos de mau socialismo onde se destruíram milhares de empregos industriais e onde apenas eram criados como alternativa empregos encostados a uma série de atividades económicas artificiais que acabaram também elas por desaparecer com o confronto da realidade (o endividamento excessivo e o corte do crédito) nada mais restava que uma mudança estrutural no conceito de mercado a Portugal.
Logicamente que este período de economia feudal (provocado pela falência do intervencionismo estatal) será temporário, pois a capacidade empreendedora, a produção, a poupança e o investimento levará ao surgimento num futuro não distante (caso se extinga a pressão estatal socializante) ao aparecimento de artesãos (domínio de alguma habilidade profissional), de indústrias agro-industriais, indústria tradicional (retorno aos empregos industriais) e também a uma série de projetos onde os empreendedores detetaram alguma lacuna ou oportunidade de mercado.
Não podemos esquecer a parte da economia empresarial que já existe hoje sem qualquer dependência do estado, que aposta na inovação e na tecnologia, que prosperam nos mercados onde atuam (muitas delas orientadas para a exportação) e que também criam emprego conforme as suas necessidade de crescimento.
A economia portuguesa ao contrário do que muitos pensam é uma economia dinâmica, multi-facetada, versátil e tem tudo para poder funcionar desde que seja enquadrada numa verdadeira lógica de mercado, de uma forma realista e longe da burocracia estatal.
A economia portuguesa deverá tentar ser tão livre quanto possível que só aumentará a apetência pelo investimento e onde até os estrangeiros se sentirão com vontade em cá investir.
Apenas precisamos de devolver a economia portuguesa ao capitalismo... tal como ele existia antes do 25 de Abril e onde Portugal foi naquele tempo uma das economias mais prósperas do mundo.
4 comentários:
Mas essa recuperação económica que o post evidencia não é generalizada, existem regiões do País que estão a demonstrar uma capacidade maior de resistência enquanto outras permanecem estagnadas. E se a que permanece estagnada for precisamente aquela onde está toda a comunicação social, como será que essa informação e imagem de recuperação (que é importante para gerar confiança nos agentes económicos e na população em geral) pode prevalecer?
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/08/sobre-os-recentes-dados-estatisticos-da.html
Não podemos esquecer que no antigo regime a economia nacional era muito mais protegida do exterior, alguns grupos dominavam a economia com a bengala do estado. Não esquecer a falência brutal do bip, o bpn da altura. Para não falar da odiosa policia politica e o facto de não ter preparado a descolonização no final dos anos 50, evitando a trapalhada de 1975.
Caro anónimo,
Pode deixar mais detalhes sobre esse BIP?
Quanto ao Estado Novo sabemos que o regime teve várias realidades ao sabor de cada década. Mas foi um regime que andou longe do socialismo, sempre com as contas em dia e que mostrou-se sempre disponível à abertura e trocas comerciais. Até negócios com Cuba foram realizados.
Sobre a descolonização foi um processo complexo com as consequências que se conhece.
Trata-se de um assunto bastante delicado mas sugiro-lhe que acompanhe o blog Porta da Loja para um melhor entendimento daquilo que aconteceu. Por lá são feitas excelentes análises desse período.
Cumprimentos.
BIP, banco que pertencia a Jorge de Brito que foi presidente do benfica.
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