sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A imoralidade do Estado Social


Penso que devemos focar a analise da existência do Estado Social não só no campo económico, mas também no campo moral.

Em termos de economia a Escola Austríaca já demonstrou que o planeamento central não funciona, e que o "mercado livre" é a forma de cálculo económico mais eficiente que existe.

Este problema moral anda de mãos dadas com o Estadismo.

Como já em post passados procurei demonstrar que não existe dinheiro do Estado, existe sim dinheiro dos cidadãos, o Estado através do seu poder coercivo (em Portugal é o agente que detém o monopólio da violência) "rouba" a uns em favor de outros.
Chamam-lhe o Estado redistribuidor, os políticos gostam de arranjar nomes bonitos para ser mais fácil a lavagem ao cérebro da população.

Em termos simplificados o Estado retira via impostos rendimento de uns e distribui em forma de subsídios a outros, logo é um agente parcial com um enorme poder.

Ao contrário do que é dito e pensado pela maioria, em Portugal vai se preso senão se pagar os impostos.

Mas é moralmente aceitável este "roubo"? É uma questão de dimensão?

Bem "roubo" é "roubo", e independentemente do destinatário do "roubo" este não o deixa de ser.

O que me leva a chamar "roubo" aos impostos? Vejamos, eu acredito no direito À vida, a viver em paz e à propriedade privada penso que são os únicos Direitos que o ser humano tem.

Os impostos como são coercivos, não são pagos de livre vontade logo são um atentado à propriedade privada logo imorais. É irrelevante se é para ajudar os que menos tem (isso é retórica basta analisar onde é gasto o dinheiro e como é gasto para perceber que isso não corresponde à verdade)

O problema é que o sistema politico permite que os políticos possam decidir quem e o que "roubar".

Dizem é para diminuir as desigualdades, mas porque? quem é que definiu o que é desigualdade?

Entramos no reino da opinião pessoal e da moral de cada um. Quem é que tem o direito de dizer quanto deve uma pessoa ter de rendimento máximo ou mínimo?

Chegamos à parte em que muitos dirão o colectivo é que decide.

A realidade é que ao sobrepormos o colectivo ao individual acabamos de passar de um sistema de liberdade para um sistema coercivo, logo podemos inferir que não vivemos em liberdade mas em Tirania.

Vejamos este pequeno exemplo: O empreendedor que cria determinado produto que é um sucesso, os consumidores em liberdade escolhem massivamente comprar o produto e faz com que este empreendedor se torne super rico, porque é que o Estado tem direito de levar um cut de 25% sobre os rendimentos da empresa, e depois mais um cut de 50% do que Este declarar como rendimento pessoal?Que fez o Estado por este?
Pior um agente decide poupar, aplica o dinheiro, seja em acções, depósitos o que seja, porque é que o Estado tem direito a 25% do ganho? Se não fez rigorosamente nada e nem partilha parte do risco?

Se for um cidadão que faça o mesmo e peça uma parte dos lucros para "protecção" é considerado e muito bem que o seja,  extorsão, porque é que o Estado é diferente?

Dirão mas o individual tem obrigações para com o colectivo, mas quem é que define que obrigações?

O ser humano é um ser individual e não colectivo, como disse num comentário a outro post, não somos os Borg do Star Trek, cada um pensa pela sua cabeça, mesmo que muitas vezes não pareça que assim o seja.

Mas o Estado providencia bens, que dizem ser públicos, mas alguém me perguntou se eu queria que fizessem uma estrada Faro Loulé? Quando vivo no Porto e talvez nunca lá passe, ou o contrário que um habitante de Loulé pague uma estrada por onde eu passo?
Mas se não for o Estado ninguém a faria, talvez sim talvez não.
(Como hoje percebemos nada é grátis, a estrada foi construída e alguém a vai pagar, aqui entramos no campo da economia e hoje escolho não me focar neste).

Mas é o principio da solidariedade dizem, muito a falar sobre este.

Solidariedade pressupõe liberdade, se for coercivo deixa de ser solidariedade. Logo se determinada pessoa não quer financiar estradas em Faro e só o faz porque o Estado coercivamente lhe retira o rendimento para que a estrada seja construída logo o argumento da solidariedade nacional cai por terra.

O mesmo princípio se aplica a solidariedade social, se me "roubam" para dar subsídios em meu nome, quando eu sou contra o "roubo" que sou vitima, deixa de ser solidariedade e passa a ser outra coisa.

Voltamos sempre ao mesmo, há não existência de Liberdade.

O argumento utilizado pelos Estadistas é que sem a existência de Estado os pobres passam fome, os doentes morrem, etc...

Isso revela uma profunda arrogância, e não perceberem de facto o que é ser um Ser-Humano.
Este é solidário por natureza mais que um teste foi feito em crianças de tenra idade, ainda não formatadas pelos valores da sociedade e estas partilham, é um mecanismo de sobrevivência.
Mas mesmo que determinada pessoa não o seja, tem o direito de não o ser, ao a forçar estou me a meter num patamar de superioridade, estou a dizer que Eu é que sei, logo abandono o conceito de Liberdade para passar a um conceito de Tirania.

Individual não pressupõe sozinho.

Nunca o Ser-Humano viveu tão interdependente um do outro como Hoje.

A divisão do trabalho, o principio das vantagens comparativas de David Ricardo, assenta no pressuposto da interdependência, eu sou mais eficiente em determinado factor, tu noutro vamos trocar e saímos ambos a ganhar.

Pegamos no exemplo do automóvel, este é montado em determinado sitio, mas as peças vêm de todo o mundo, se alguma falhar, falha tudo o resto.

Se andamos de transportes para nos deslocarmos, se o motorista não aparece ficamos sem nos podermos deslocar, se o funcionário da limpeza não limpa o bloco o médico não pode operar e por aí a diante.

Mas esta "dependência" provem de decisões voluntárias e livres.

Quando alguém é obrigado a fazer alguma coisa que não seja por sua vontade o resultado tende a não ser o melhor.

A solidariedade tem de partir de uma decisão livre e pessoal e não algo que é forçado.

O mercado livre é muitas vezes criticado porque tem o seu objectivo último apenas o lucro, mas isso não é verdade.

Sendo que o valor é subjectivo, e que o Ser-Humano procura satisfazer as suas necessidades, ajudar o outro pode trazer tanta satisfação como o lucro, é uma questão de valoração pessoal.
Inúmeros exemplos de multi milionários que depois de arrecadarem muita riqueza procuraram na distribuir pelos seus concidadãos.

A esquerda é arrogante ao se intitular defensora dos direitos das pessoas, se os valores são subjectivos, se as necessidades subjectivas (tirando as básicas, todos temos de comer e dormir), como poderão estes pseudo intelectuais saber o que vai na cabeça de todos os portugueses, e segundo que direito tem de mandar nos outros?

As elites, sinceramente já assisti a mais sabedoria em muitas pessoas simples do que em muitas elites.

Depois de tanta conversa a realidade é que o Estado Social existe de forma a escravizar as pessoas, é uma forma de melhor controlar a "manada", 2008 demonstrou isso bem, o dinheiro das pessoas foi utilizado para salvar os mais ricos, os financeiros.
Marvin King e o Banco de Inglaterra admitiram que o QE é uma tranferencia dos mais pobres para os mais ricos.

Bem este é um assunto que dá para escrever um livro, mas fica um pouco para "meter" as pessoas a pensar sobre a moralidade ou não do Estado Social
Na minha opinião devemos ser solidários com os outros, ajudar quem precisa, mas isso deve ser uma decisão pessoal.

O que devemos todos procurar é viver a vida sobre o Lema "LIVE AND LET LIVE".

PS- Roubar está com " " porque é roubo legal.

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