Em Maio de 2011,o futuro dos portugueses era promissor caso o PSD ganhasse as eleições.
Em meados de 2011 já a despesa era afinal um monstro difícil de domar. Como medidas de curto-prazo, o corte de subsídios, pensões e mais qq coisa seria suficiente. Com estas medidas, o segundo semestre de 2012 já seria um ano de recuperação.
2011 termina e nova esperança reside no OE 2012. Temos que cumprir com o plano que a troika nos impõe. O fracasso na receita e o aumento da despesa, sobretudo no setor social deixam o governo de cabelos em pé. Afinal é preciso muito mais austeridade para 2013.
Tribunal Constitucional considera ilegal o corte de subsídios apenas no setor público. Abre-se a porta para o "enorme" aumento de impostos.
Ninguém gosta do orçamento, nem CDS, nem PSD, nem ninguém, pelo que será mais um documento que a partir do dia 2 de Janeiro será para deitar para o lixo, já que a força da realidade imporá toda a sua gravidade.
Com tanta gente irresponsável e incapaz de querer compreender a realidade objetiva, fico pesaroso de pensar que só mesmo a troika é que lá vai exigindo qualquer coisa, mesmo que essa exigência também ela seja insuficiente para endireitar as coisas.
2013 será mais um ano infernal porque andarão todos a espetar bandarilhas uns aos outros, incapazes de olhar de forma fria e pragmática para a realidade e propor aquilo que deve ser feito, mesmo que doa muito, e a muita gente.
Tiago Mestre
4 comentários:
Com a "rebaldaria" que existe nas contas públicas e a precisar de acções capazes.
A rapaziada diverte-se a jogar ao faz de conta. E eles lá no parlamento brincam aos pais e às maes com uma alegria, mas infelizmente neste jogo não é com bonecos e bonecas é com pessoas reais.
O problema do PSD foi achar que isto era mais facil de endireitar do que é mesmo e ficava bonito na fotografia. E o problema do CDS é que nao quer sair do lugar que conseguiu porque não sabe quando volta para lá, por isso manda postas de pescada para o ar.
Mas o OE2013 é algo que ninguem acredita mas ninguem tem coragem de dar alternativas, pois cortar despesa ia ser doloroso.
Vai ser necessário o Estado falir-se a mim mesmo para acabar pois ninguem irá ter coragem para fazer os cortes necessários.
A Bélgica à pouco tempo chegou a estar sem governo durante 18meses e nessa altura as coisas lá até correram bem, até prosperaram (pelo menos é que disseram na altura, que depois não segui mais). Muitos disseram que foi por ser um tempo de constancia, não havia medidas avulsas, em cima do joelho. Agora se foi isso ou não, não sei.
Acho que infelizmente o PS se está mesmo a transformar no BE, mas com o tamanho que tem, é preciso cuidado.
Mas este comentario de indignação é de andar a ouvir demasiado aqueles grandes senhores que são os deputados, mas a culpa é dos jornalistas que só podem pensar que esses grandes senhores são umas estrelas da ficção nacional
Circo, é a palavra que melhor define a Assembleia da República.
Estão à espera de quê, para assumir a reestruturação da dívida???
Circo, é a palavra que melhor define a Assembleia da República.
Estão à espera de quê, para assumir a reestruturação da dívida???
Eu acho que vcs nao ouviram o discurso de tomada de posse do 1º ministro, talvez se o ouvi-se de novo(ou pela 1ª vez) conseguiriam atingir que ele pelo contario disse que ia demorar anos, o plano ate compreendia duas legislaturas
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