domingo, 4 de novembro de 2012

O Estado Social


O Governo quer reformar o Estado social, devem ter finalmente percebido que é impossível manter o status quo por muito mais tempo.

A realidade é que nos últimos 38 anos o Estado teve sempre deficits, em Democracia nunca conseguiu ter as contas equilibradas.
Convêm não esquecer que o objectivo do Governo sempre foi o de ficar abaixo dos 3%, logo nunca ter as contas equilibradas, se bem que para muito economista ter um deficit de 3% é ter as contas equilibradas.

O Estado social é um assunto interessante, principalmente a relação dos impostos com este.

O Estado social deriva da social democracia, que não mais não é que uma tentativa de ter o "bom" de dois mundos, o do socialismo e da economia de mercado livre, para outros é a forma de se conseguir chegar ao socialismo sem o derramamento de sangue das outras alternativas.

A realidade é que em Portugal se começou com um peso do Estado de 15% na economia (e tínhamos uma  guerra colonial a decorrer) para um Estado com um peso de 51%.
Por este dado podemos constatar que a afirmação acima de ser um caminho para o socialismo confere, hoje  o Estado consome mais de metade do PIB com a sua despesa.

Se o Estado tem deficit é porque gasta mais do que aquilo que recebe, isto é simples de compreender.
Se o Estado se financia via impostos (a divida é impostos futuros)
Logo tudo o que o Estado gastar terá de ser cobrado via impostos.

Entre 1975 e 1983 o Estado português faliu 2 vezes, porque é que tiveram de passar quase 30 anos para existir outra falência?
Os fundos da UE e a entrada no Euro permitiram que os políticos pudessem empurrar com a barriga.
Mas como geralmente todos os problemas que são empurrados para o futuro, estes tendem a crescer e a tornarem se mais difíceis de resolver.

Ouve-se muito na TV falar que é necessário a economia a crescer a 3% para o Estado social ser sustentável, não concordo e explico porquê, analisando o crescimento de Portugal nos últimos 20 anos verificamos que este foi dependente da divida seja esta privada ou pública, este crescimento baseado não na poupança mas sim no crédito fictício, na capacidade dos bancos de criarem dinheiro do nada, criou um crescimento não sustentável (como hoje verificamos ser a realidade), este crescimento fictício foi o que permitiu o desenvolvimento do "nosso" Estado Social.
Sem este crescimento "falso" nunca teriam tido acesso a tantos "direitos".

Mas dizem não podemos deixar que nos tirem os direitos que tanto lutamos para termos.

Aqui vejo que a lavagem ao cérebro é muito grande.

Convém relembrar que o Estado só pode dar alguma coisa se primeiro retirar a outro, ou se se endividar em nome de todos.

Logo este terá de cobrar o montante de impostos necessários para cobrir as suas despesas bem como para diminuir a corrente divida, dirão mas isso vai destruir a economia, sim a economia que temos e qual conhecemos sim, mas é uma escolha que fizeram, ao querer ter o Estado Social.

A realidade é que hoje a sociedade e a economia estão dependentes da despesa do Estado.

Se o Estado aumenta os impostos ou reduz na despesa este vai fazer cair o PIB, entrar em recessão, algo que a maioria vê como negativo e toca a falar em crescimento e mais não sei bem o que.
Mas a realidade é que esta forma de vida que o país levou só foi possível devido ao Euro e ao financiamento externo, sem estes nunca teríamos consumido como o fizemos.

A diminuição do Estado social é necessária para que a sociedade se liberte e fique mais dinâmica, as sociedades empobrecem e desaparecem quando a oportunidade é eliminada, o Estado Social eliminou essa oportunidade dado que procurou diminuir o risco, o ser humano desenvolve se quando está presente a situações de risco que naturalmente fazem surgir oportunidades.
A excessiva regulamentação, excessiva carga de impostos, a concorrência desleal do Estado, etc.. fazem diminuir o potencial de crescimento.

O Estado social é inimigo do crescimento, porquê?

Porque este leva a que exista uma menor propensão a poupar, as pessoas não vêm beneficio em poupar, porque o Estado "da" tudo de borla.
A crise que ocorreu em 2008 foi o fim do processo de criação de dinheiro do nada, o crédito concedido não tinha o seu backup em poupança real e como sabemos este mais cedo ou mais tarde este processo insustentável estoira.
O Estado social foi possível manter e aumenta-lo devido ao sistema de criação de dinheiro do nada, como o Estado social depende de um sistema financeiro insustentável este mesmo é insustentável.

A parte moral é interessante porque o Estado social tem na sua base a coercibilidade e a violência.
Se alguém não quiser fazer parte é ataca sem dó nem piedade pelo Estado.
O Estado social anda de mão dada com a democracia.
Sendo a democracia outra forma de colectivismo é um sistema que permite o roubo legal mas na minha opinião (e é a que me interessa) não moral.

É eleito o PCP+BE por maioria digamos 78%, e decide que se deve nacionalizar todas as empresas sem direito a indemnização aos seus proprietários, o que estes fizeram foi roubar os donos das empresas, expropriaram os da sua propriedade, mas a grande maioria do povo que votou concordou, mas isso faz com que deixe de ser roubo? claro que não.

A ideia que queria transmitir com o exemplo acima é que democracia não é sinónimo de liberdade e não é sinónimo de protecção do nosso direito à propriedade privada.

O que o governo hoje está a querer fazer para manter o status quo é aumentar o "roubo" que o Estado perpetua aos nacionais.
Não acho que seja moralmente aceitável que um trabalhador ou outro qualquer cidadão tenha de pagar mais de 70% do seu rendimento ao Estado para manter o "direito" de outros.

Algo que nos esquecemos é que o Estado Social cria dependentes, pessoas que se acomodam aos "direitos" que tem.

Muito mais haveria a dizer sobre o Estado social mas a ideia que quero transmitir é que este baseia se no roubo de uns em favor de outros (sejam ricos ou pobres, quando o Estado intervém em empresas, bancos etc.. esta a utilizar dinheiro roubado de outros para ajudar os amigos), e que este sistema de roubo legal vai levar a um empobrecimento nunca antes visto da maioria da população.
O privado vai pagar, como já hoje o faz, com desemprego e com nível de vida mais baixo

10 comentários:

David Seraos disse...

A Democracia é a regra da maioria? Ou tem algumas diferenças essenciais quanto à regra da maioria.

A democracia é um sistema que garante que o governo ouça tanto a maioria quanto os individuos, tem limites apropriados sobre o que podemos ou nao decidir colectivamente (que costuma estar escrito nas constituições, a protecção em relação à liberdade religiosa, politica (liberdade colectivas) e também à liberdade de propriedade e economica (liberdades individuais)). Isto é algumas escolhas individuais são protegidas da interferencia do governo, mesmo em que a maioria das pessoas discordariam dessas escolhas.

A regra da maioria é o que a maioria decide, e esta pode querer decidir tudo, não somente as questoes em que não fere a liberdade acima referidas. E se assim for vive-se sobre a tirania da maioria.

P.S.: Porque que as liberdades individuais são inferiores às liberdades colectivas? Ambas tem grande importância, e assim deviam ser tratadas de igual.

"Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança." (Benjamin Franklin)

Acho que deveriam ver estes dois video
https://www.youtube.com/watch?v=y-hdXvupR-w&feature=plcp
https://www.youtube.com/watch?v=MLhxq-ut7xY&feature=plcp

Filipe Silva disse...

"Porque que as liberdades individuais são inferiores às liberdades colectivas?"

Que eu saiba as pessoas são indivíduos, não colectivos, o ser humano última vez que vi ainda não era como os Borg do Star Trek.

Errado a única coisa que deve estar protegida é a liberdade individual, se estes indivíduos escolhem de livre vontade se juntar, mas são sempre um conjunto de indivíduos, nada mais.
Não existem colectivos, mas pessoas.

Primeiro o Estado tem o direito na constituição e pela lei de extorquir o património que desejar do cidadão, basta expropriar, basta colocar os impostos aos níveis que lhe a apetecer.
Hoje existem cidadãos a pagar acima de 80% do seu rendimento anual em impostos, seja por via directa seja por via indirecta.

A citação de Franklin que tem a ver com o que escrevi?


A democracia é a tirania da maioria, vamos ver o caso do álcool e as drogas, o primeiro legal (o que concordo) os segundos ilegais, ambos são drogas, ambos são causadores de problemas de saúde, sociais etc.. mas apenas um é legal.
Porque? bem porque a maioria consome o primeiro e acha que não se deve consumir o segundo.

Numa sociedade de liberdade ambos seriam legais.

As escolhas não são protegidas nada da interferencia do governo.
Em que país vive?
O que não falta é casos de que o Estado intervere nas liberdades das pessoas, o caso dos impostos é o maior.

Da teoria há pratica vai muito, por exemplo no país que citou, os USA hoje é permitido um cidadão americano ser assassinado pelo governo americano, a famosa kill list, sem o duo process, sem este ser julgado por um juri dos seus pares.
Bem como por se fumar um charro se pode ir preso.

Pode ler Huerta de Soto, Rothbard entre outros que demonstram que a democracia não é mais que outra forma de colectivismo.

Como Thomas Sowell disse, o problema da democracia é quando o eleitorado percebe que pode extorquir os outros via os politicos.

Olhe o Roosevelt nao sei se sabe confiscou todo o ouro que os americanos tinham, e tornou o ilegal, sendo que até 1975 era proibido ter ouro nos USA

Então porque tenho de pagar o que quer que seja porque você acha que é boa ideia?

Tiago Mestre disse...

Filipe, o teu post está clarinho como água. Parabéns

Ricardo Anjos disse...

Parabéns Filipe! Boa explanação da realidade. Concordo em absoluto com o post, como aliás se pode verificar pelos comentários que tenho produzido...

O problema está bem à mostra... já resolve-lo, será mais difícil. We're in too deep...

O pior engano da nossa sociedade, é pensar que o bem de todos, equivale à soma do bem de todos os individuais!

e é por isso, que penso que com esta constituição, não vamos a nenhum lado!

David Seraos disse...

Quanto à noção de democracia que eu disse e tu rejeitaste prontamente.
Actualmente nada do que eu disse acontece mesmo(tem completa razao), mas a "minha ideia" de democracia é que esta não é so a regra da maioria mas algo "melhor", algo que ouve o individuo e o colectivo, protegendo sempre as liberdades individuais.
Da teoria à pratica vai uma grande distancia, isso não à duvida. E sim já li Huerta de Soto, Rothbard e ainda outros, e as suas criticas à democracia é de esta ser a regra da maioria, o colectivismo. E aí se vive na tirania da maioria. E é o que acontece actualmente sim.

Mas a democracia é mesmo isso, ou ela foi "vencida" pelo colectivismo? Ou a democracia sempre foi o colectivismo e eu é que ando a delirar com coisas melhores?


Agora podes voltar a perguntar onde eu vivo mesmo, se neste planeta ou noutro, se calhar quando penso na democracia como a expliquei, esteja a viver mesmo noutro planeta, pois a democracia que acontece hoje, não é mesmo o que "eu defendo" que seja a democracia.

Conheço muitos casos sim, os que tu referes são só os que mais saltam à vista, e não defendo isso. Sou contra o Estado atropelar as liberdades individuais.

E no meu comentário anterior se entendeste que estava a defender as liberdades colectivas em vez das individuais, só posso entender que me expliquei mal. Não há nada mais importante que as liberdades individuais, por isso é que faz confusão ouvir na sociedade somente a defesa das liberdades colectivas. E quando é que começam a defender as liberdades individuais. É que na televisão só se fala de defender as liberdades colectivas, nos jornais a mesma coisa.

"Então porque tenho de pagar o que quer que seja porque você acha que é boa ideia?"
Sim só devias pagar pelas tuas escolhas, e não porque alguem tinha decidido que tu e mais alguns deviam pagar. Mas a cobrança de impostos é o acto de roubar praticado pelo Estado, porque ou pagas ou pagas.

Gosto muito dessa frase deathandtaxes, "O pior engano da nossa sociedade, é pensar que o bem de todos, equivale à soma do bem de todos os individuais!"

P.S.: Falar da "noção" de democracia que defendo, a utilizar a palavra constituição cá foi um erro grande demais admito, que aqui em Portugal a constituição parece que só serve para deixar as coisas paradas. E nos EUA, fazem alterações como mudam de camisa.

Se calhar a minha noçao de democracia é um bocado "sonhadora demais" para os dias de hoje, admito.

E a citação que pos no outro comentario foi a complementar o meu comentario da importancia da liberdade individual, nada a criticar o teu post, antes pelo contrario, que o post está mesmo muito bom.

LMTV disse...

Ainda nao me decidi se acho mais piada à controversa exposiçao do blogger que tanto esta de acordo com o que é preciso fazer, como se demarca dessa posiçao, em que ficamos afinal? Ou se acho mais piada aos comentarios. Colectivismo, indiidualismo, democracia, anarquia encapotada..de tudo surge por aqui mas o essencial, o tema da cronica, fica perdido entre citaçoes de nomes sonantes..fica sempre bem e ate da um ar erudito à coisa. Pois, convem se calhar citar os contemporaneos, os que conhecem a realidade do pais, os que governam sem dinheiro e debaixo de um Memorando que nao assinaram mas que patrioticamente ajudaram a melhorar. E na senda das citaçoes, aqui fica uma de Vitor Gaspar: " os portugueses querem um Estado Social de excelencia mas querem pagar pouco por ele" ora esta afirmaçao é correctissima e actual e leva-me a pensar que somos sociais-democratas a pedir mas comunistas a pagar. Ora tal é inconcebivel por ser incoerente. Refere alguem que ha quem pague 80% dos seus rendimentos em impostos..lamento mas nao me importava nada porque nao estamos certamente a falar de quem recebe o OMN. Assim, o Estado tem que sair de onde nao tem que estar, tem que rever as suas funçoes, tem que rever a sua CRP que mais nao é do que uma carta de intençoes que pretende agradar a gregos e troianos desde que estejam no poder, que mais nao é do que uma armadilha em si mesma que garante o que quer tirar impedindo que se tire a alguns. Nos vivemos numa sociedade, aqui ou em qualquer lugar do Mundo independentemente do regime que a governe, e esta sociedade em particular é um Estado de Direito Democratico e Laico e como tal tem que ter uma CRP e um Estado Social condizente, nao pode pagar aos seus nacionais para praticarem o ocio, nao pode produzir divida e desemprego mas bens transacionaveis e geradores de emprego e riqueza e ai sim, podemos ter um Estado Social na medida do que estamos dispostos a pagar e na dimensao de 10 milhoes de habitantes que é o que somos aproximadamente. Nem podemos querer ter tudo e nao dar nada em troca, nem podemos pagar mais impostos do que o rendimento que auferimos baseados no que produzimos. Colocando os devidos vetores nesta equaçao, podemos almejar um Estado de Direito Democratico justo, equitativo, eficiente e eficaz e muito menos burocratico e assim chega para todos, os individuos e a sociedade que eles formam, os ricos e os pobres, os empregados e os temporariamente desempregados, os idosos e as crianças e seremos um pais de todos e para todos e para quem quer viver " orgulhosamente so" no seu individualismo, repito o conselho, seja menos piegas e emigre e ate pode ir para fora ca dentro visto que descobriram umas linguas de terra no Corvo, Açores que com sorte ainda nao estao ocupadas. Menos demagogia, menos barulho, menos divida, menos investimento farronico, mais trabalho, mais poupança, mais reformas e mais iniciativa privada e estaremos no bom caminho, no caminho do Estado como Gestor da coisa Publica e nao como Estado Pai/Patrao de todos nos.

P,S. A despesa nao ascende aos 51% actualmente (quem dera) mas ja em ´90 ascendia ao 75% e mais recentemente atingiu perto dos 80% do PIB.

Filipe Silva disse...

David sinceramente não vejo grande utilidade na democracia, Sinceramente
as pessoas na minha opinião deviam adoptar o preceito "Live and Let Live"

Liberdade é isso mesmo permitir que as pessoas vivam a sua vida, sem outros meterem o nariz.

SE formos a ver a maioria das pessoas gosta de mandar bitaites na vida dos outros.

Sim os impostos não são mais que um roubo, mas roubo legal.

Faz me lembrar um exemplo de um autor que não me recordo, em que este diz que se uma pessoa prefere ir votar num politico porque fosse directamente a casa do vizinho lhe exigir dinheiro para Saúde/Comida/tv o que seja corre o risco de levar no focinho, assim consegue na mesma o dinheiro do vizinho sem correr riscos.

As leis naturais emanam da condição humana, um ser humano equilibrado que aceite o principio do direito a propriedade privada, sendo o nosso corpo nossa propriedade logo assassinio vai contra esse direito, bem como o roubo, etc...

Precisas de votar num politico para o que?

Os politicos são os que fazem as leis, estes depois de la estarem fazem o que bem lhes apetecer.

O sistema é autoritário, coercivo e violento.

O que esta no papel é bem diferente da realidade.

As sociedades ocidentais, são social democratas, outra forma de dizer socialistas, como podemos ver pelo caso americano onde a socialdemocracia era mais fraca, mais estado leva a perda de liberdade.

Democracia não é sinónimo de liberdade.

Gestor da coisa pública? Mas o que é público?

O que nos devemos focar não é no mais estado menos estado, mas procurar abrir os olhos a outros seres humanos, para o que é a verdadeira liberdade.

David Seraos disse...

Não ves grande utilidade na democracia, mas então vamos lá ver alternativas actuais.Democracia ou ditadura? Que actualmente é o que existe.

Vamos ver países que estão a surgir como interessantes "paraisos economicos" relactivos à liberdade economica.
Hong Kong, Singapura, Dubai
Em todos estes existem Estado, que não "regulamentam" a vida economica, mas "regulamentam" as acções individuais, existem regras bem rigidas.Podemos dizer que Hong Kong é a excepção. Mas não se pode esquecer que esta é uma Regiao administrativa especial da China, sim é especial e por enquanto tem conseguido ficar "fora" da China. É que a China prometeu não interferir mas cada vez tem mais vontade de interferir.

Eu conheço as criticas liberais, libertárias sobre a democracia, mas qual é a evolução para melhor, não existir nada de Estado? Isso só de inicio levava a uma guerra enorme e se depois se conseguisse implementar tal coisa até poderia correr bem.

Ou então tenta-me explicar como isso acontecia mesmo, pois nessa parte é onde não consigo acompanhar o pensamento libertário. O que acontecia nesse processo de passagem e no seguinte.

"Os politicos são os que fazem as leis, estes depois de la estarem fazem o que bem lhes apetecer."
O problema é que não devia acontecer, a imprensa serve para informar, e o dever da imprensa é de mostrar à população os momentos que isso aconteceu, não é para estar cheia de falsas noticias.

As leis naturais emanam da condição humana, mas depois tambem tens as tradições, a moral, que ninguem acharia bem ser só as leis natural, isso para ser leis era muito pouco ahahah

Acho que Portugal é o país errado para termos esta discussão sobre o não-Estado. Pois sem Estado quem culpar, olha o montão de desempregos que iria haver, a tragédia e quem nos defende agora. Portugal é um país socialista, até a criação do Estado Social foi no Estado Novo.

Mas como noutro comentário bem anterior disse, acho que estas "transformações" devem ser feitas de forma gradual, aos poucos, e só assim é que acho possivel que se chegue a uma sociedade mais libertária. E neste caso não estou só a falar de Portugal mas de todo o ocidente.

Mas é preciso não esqueçer que o "Libertário" assusta muita gente, enquanto o "Socialista" assusta mas é só algumas. Pois muita gente iria dizer nao à teoria libertária pelo ficar sem ajuda, se lhe acontecesse algo, quem é que vinha ajudar o "Libertário" ou o "Socialista", era o "Socialista", o sistema é muito perverso, mas esta é uma questão que está tão enraizada que não sae facilmente.

Filipe Silva disse...

Parabéns pelo comentário

Nunca afirmei que a mudança deveria ser de um dia para o outro.

A moral é algo que depende de cada um, a minha moral certamente é diferente da tua.

Democracia ou ditadura dizes tu.

Bem na minha forma de ver são ambos o mesmo, mas com roupagens diferentes, verdade que em ditadura por estarmos a escrever isto certamente já tinhamos ido para um campo de reeducação ou até mesmo desaparecido da face do mapa, mas é uma questão de graduação.

Repara ninguém faz nada sem o Estado opinar, sem o politico xpto dar o seu consentimento.

A imprensa forte? esquece isso, pertencem a grupos economicos que estão na cama com os politicos, interessa lhes vender o que vendem, mais fácil controlar o pagode.

Portugal é como os outros, o sistema é o mesmo, o Estado não tem dinheiro nem cria dinheiro, este apenas "rouba" do sector produtivo.

SE Eu penso que vai mudar alguma coisa?

Sinceramente não, demasiadados interesses.

Mas penso que devemos estimular o debate, e procurar demonstrar que a realidade não é a retórica venenosa cuspida pela TV e pelos politicos.

A enorme ignorancia das pessoas é que as faz pensar que os politicos e o Estado é necessário.

Também a mim é dificil aceitar a não existencia do estado
são anos a pensar que este servia para alguma coisa.

Tens direito a vida, a propriedade privada e A viver em paz.

O resto são direitos que assentam em retirar direitos dos outros.

Podem argumentar nasces e não tens direito a nada, vai la viver individualmente.

No post que postei há pouco falo um pouco sobre isso.

O problema é que as pessoas pensam que a democracia é sinónimo de liberdade, mas não é.

Socialista? bem as pessoas são o e não sabem, o sistema socialista
joga com o sentimento de mesquinhes e tudo o que é negativo no ser humano.

Este é um sistema que mete uns contra os outros, porque para uns terem determinados "direitos" alguem tem de ficar com menos "direitos"

Como já disse, a democracia é o sistema utilizado para se roubar outro legalmente.

Como disse mises, parafraseando e adaptando à discusssão "ou escolhes como por fim ao estado social, ou a realidade escolhe por ti" qual achas que vai ser pior?

Eu aposto claramente na segunda

David Seraos disse...

Sim Filipe, eu tambem penso que não vai mudar grande coisa, mas já debater certas ideias e tentar demonstrar uma realidade diferente, não a mascarada que passa todo o dia na TV, acho que só pode ser positivo.

Imprensa forte, infelizmente são unha com carne com politicos, grupos de interesse. Mas sem informação válida como é que as
pessoas se informam? A imprensa é algo que "controla" as pessoas, pois elas guiam-se pelas informações. Ainda bem que há internet podemos assim dizer.

"Também a mim é dificil aceitar a não existencia do estado são anos a pensar que este servia para alguma coisa."
Acho que isto só confirma a "formatação" que nos é dada durante os vários anos de formação, e até depois disso todos os dias nas noticias.

Basta ver como a candidatura de Ron Paul foi tratada por toda a imprensa. E ele até tinha ideias "explosivas" acabar com o FED, tirar as tropas do estrangeiro e po-las a defender o país.

Mas o que esses visionarios socialista não veem é que onde
existe mais liberdade economica maior é a renda por pessoal, vivem durante mais anos, tem uma maior qualidade de vida.
E no ranking de liberdade economica os 5ºs primeiros são:
-Hong Kong, Singapura, Nova Zelandia, Suiça e Austrália/Canadá (estes dois países estão empatados), de acordo como o Freaser Institute.

"ou escolhes como por fim ao estado social, ou a realidade escolhe por ti", acho que tenho de concordar contigo, definitivamente será a segunda.

"Nunca o Ser-Humano viveu tão interdependente um do outro como Hoje.", "Mas esta "dependência" provem de decisões voluntárias e livres.", pois o ser-humano hoje pode escolher se quer viver em interdependencia ou sozinho, pois ele hoje tem essa escolha. Antes essa escolha não era uma escolha livre e voluntária, podemos assim dizer. Se quiser viver em interdependencia vive numa comunidade (cidade, aldeia que tenha contacto com o mercado), senão vai para uma serra com uma cabras e umas ovelhas e vive disso, hoje em dia é possivel tanto uma como outra. Claro que já quase ninguem quer ir para uma serra guardar gado, mas se quiser "fugir" do mundo desenvolvido pode fazer isso. É uma escolha voluntária e livre.

"O mercado livre é muitas vezes criticado porque tem o seu objectivo último apenas o lucro, mas isso não é verdade."
Aqui vou contradizer-te mas só num pequeno significado eheh.
Na minha opinião o objectivo é apenas o lucro, mas o lucro não precisa de ser necessariamente dinheiro (sim, eu sei que nos é ensinado que o lucro é só sobre dinheiro, mas porque não dar um significado mais alargado à palavra lucro). Lucro pode ser uma pessoa ficar contente de ter ajudado outra, pode ser a valorização pessoal, teve lucro por ficou mais rica na sua consciencia, ficou mais feliz.

"As elites, sinceramente já assisti a mais sabedoria em muitas pessoas simples do que em muitas elites."
Oh Filipe, desculpa lá mas das elites que tu deves estar a falar deve ser daqueles que se querem parecer que são da elite, estão sempre na TV a mandar postas de pescada. E essas sim qualquer trabalhador sabe bem mais que elas. Pois no meu entender a elite está escondida das câmaras, e quando falam diante das câmaras no dia a seguir são enxovalhas de criticas, por isso é que a maioria da elite nem quer passar na tv, pois dizem umas verdades e no dia a seguir já estão os politicamente correctos a "trugidá-los", pode ver-se o caso recente de Isabel Jonet do Banco Alimentar. Considero-a uma pessoa da "elite" pelo trabalho social voluntário que tem realizado.

P.S.:A definição mais básica de Lucro é ganho; benefício; proveito. E se só ficarmos por esta definição básica podemos alargá-la a ganhos não financeiros, a ganhos de valorização pessoal por exemplo. (Eu sei que se algum esquerdista vir que aproximei a palavra lucro a ganho de valorização pessoal estou feito eheh).

E o meu obrigado pela "inspirante" troca de comentários.