"Na conferência de imprensa para apresentar os resultados da operação, Maria Luís Albuquerque adiantou que 93% da emissão foi absorvida por investidores estrangeiros e apenas 7% por portugueses. EUA e Reino Unido dominaram ficando, cada um, com uma fatia de 30%. Investidores da Alemanha, Áustria e Suíça ficaram com 9% e outros 9% foram colocados junto de investidores asiáticos."
Provavelmente esta concorre a ser a grande notícia da semana e porque não do mês!!!
O Seguro lá se meteu na toca e nem se atreveu a falar, tal é a vergonha que deve sentir.
Pelo contrário, esta parece ter sido a semana do governo. Ao fim de semanas e meses com gafes e estratégias mal definidas, com deputados da maioria a protestar, todos aplaudem o governo e em particular o Ministro Gaspar. Alguns até apelidam-na como a "jogada de mestre de Gaspar".
Não quero entrar agora naquela discussão de se o país precisa de dinheiro emprestado e financiamento ou não. A minha opinião é de que é bom que o país recupere a confiança dos mercados não para pedir emprestado mas para incentivar o investimento estrangeiro. E dinheiro emprestado somente para as empresas que criam valor e que exportam! Já com o Estado, ele tem é de continuar o longo caminho para os défices equilibrados (na minha óptica <0,5% PIB) e quem sabe para superávits. O que o Estado menos precisa é de dinheiro emprestado.
Mas não é pra falar disto que escrevo este post. Escrevo-o por um pequeno detalhe me ter chamado a atenção nessa notícia: "EUA e Reino Unido dominaram ficando, cada um, com uma fatia de 30%."
Os Estados Unidos com uma fatia de 30%? Raramente me lembro de ter ouvido falar que a maior parte do investimento era feito por americanos ou que grande parte da dívida era detida por americanos.
Numa rápida pesquisa na net encontrei o seguinte gráfico com os nossos principais credores, data de 2010.
Como podemo observar, a banca nacional está bastante exposta à dívida portuguesa. Seguem-se países como Espanha, França, Bélgica, R. Unido, França, Alemanha, Holanda. Sobretudo Zona Euro.
Por isso achei estranho o facto de que 30% da emissão fosse parar a americanos. Será que os investidores americanos já se aperceberam das bolhas que estão prestes a arrebentar nos USA? Será que eles já estão a tentar salvaguardar-se e refugiar o seu dinheiro em paragens mais seguras? Será que estão com isto a tentar dizer que o Euro tem potencialidades para rivalizar com o Dólar como moeda de referências nos mercados internacionais?
Não sei, sei que estou a especular, mas vale a pena pensar nisto. E estou em crer que os sucessivos Quantitative Easing vão-se revelar um autêntico fiasco.
Não quero entrar agora naquela discussão de se o país precisa de dinheiro emprestado e financiamento ou não. A minha opinião é de que é bom que o país recupere a confiança dos mercados não para pedir emprestado mas para incentivar o investimento estrangeiro. E dinheiro emprestado somente para as empresas que criam valor e que exportam! Já com o Estado, ele tem é de continuar o longo caminho para os défices equilibrados (na minha óptica <0,5% PIB) e quem sabe para superávits. O que o Estado menos precisa é de dinheiro emprestado.
Mas não é pra falar disto que escrevo este post. Escrevo-o por um pequeno detalhe me ter chamado a atenção nessa notícia: "EUA e Reino Unido dominaram ficando, cada um, com uma fatia de 30%."
Os Estados Unidos com uma fatia de 30%? Raramente me lembro de ter ouvido falar que a maior parte do investimento era feito por americanos ou que grande parte da dívida era detida por americanos.
Numa rápida pesquisa na net encontrei o seguinte gráfico com os nossos principais credores, data de 2010.
Como podemo observar, a banca nacional está bastante exposta à dívida portuguesa. Seguem-se países como Espanha, França, Bélgica, R. Unido, França, Alemanha, Holanda. Sobretudo Zona Euro.
Por isso achei estranho o facto de que 30% da emissão fosse parar a americanos. Será que os investidores americanos já se aperceberam das bolhas que estão prestes a arrebentar nos USA? Será que eles já estão a tentar salvaguardar-se e refugiar o seu dinheiro em paragens mais seguras? Será que estão com isto a tentar dizer que o Euro tem potencialidades para rivalizar com o Dólar como moeda de referências nos mercados internacionais?
Não sei, sei que estou a especular, mas vale a pena pensar nisto. E estou em crer que os sucessivos Quantitative Easing vão-se revelar um autêntico fiasco.
Bernardo Botelho Moniz
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