terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Socialists, you miserable criatures

Aqui há umas semanas estava a navegar na net e eis que encontro a seguinte imagem, com uma citação de Frédéric Bastiat, uma das grandes influências da Escola Austríaca e conhecido pela formulação da Falácia da Janela Quebrada.

Tradução: [Ah, suas criaturas miseráveis! Vocês que se acham tão grandes! Vocês que acham a humanidade tão pequena! Vocês que desejam reformar tudo e mais alguma coisa! Porque não reformam vocês mesmos? Essa tarefa seria suficiente.]

Depois de ler esta ler esta citação, fiquei a refletir e uma tira de fotografia revelou-se no meu imaginário em busca do passado recente. Revelou-se por ela muitos políticos quer nacionais quer autárquicos e respetivas frases sonantes. Frases do género "Mudança agora" ou "O Futuro é hoje", "Um novo rumo" ou "Mudar para melhor" são frases a que temos estado habituados pelo menos nos 10 últimos anos. 

Faltam ainda aquelas mentes brilhantes a proclamar: "O que precisamos são governos que comecem a olhar para as pessoas e não para os números!" ou "Há vida para além do défice!". Mais ainda, "necessitamos de um governo profundamente reformador!". Mais ou menos, bem ou mal, todos os governos reclamam os louros de terem feito reformas estruturais na sociedade. Todos se reclamam profundamente reformadores e de terem preparado o país para um futuro melhor. 

Bem, pensando para com os meus botões, se eles de facto fizeram todas essas reformas, ao longo de tantos anos, como podemos ter chegado à situação de pré-bancarrota? Se foram feitas assim tantas reformas, então como é? A verdade é que sucessivas reformas foram implementas e depois, passados uns anitos, "desimplementadas". São exemplos a área da Educação, com inserção e remoção de disciplinas, aumento e depois diminuição da carga horária, etc. Também, a nível orçamental, primeiro queria-se conter a despesa (MFL) depois já só se aumentavam os impostos (Sócrates). A verdade é que o conjunto da maioria dos políticos andam há duas dezenas de anos à procura das reformas certas para o país, avança-se, depois recua-se e nunca se sabe onde isto acaba. 

E eu pergunto: será assim tão difícil descobrir quais são as reformas ou os medicamentos que Portugal precisa? Será assim tão difícil encontrar a cura milagrosa? Ou uma das duas: ou somos todos burrinhos que não conseguimos perceber e diagnosticar o remédio certo ou então é porque problema está na cura implementada. Não quero se desmancha prazeres mas inclino-me para a segunda opção. Se se reforma e se falha; e depois volta-se a reformar e falha-se; e ainda depois volta-se a reformar e falha-se novamente, é porque o problema está em reformar. O problema está no planeamento central. O problema está no governo e na tentativa de controlar as liberdades individuais, os desejos dos consumidores, etc.

Como Bastiat disse, talvez o melhor seja o governo reformar-se a si mesmo e desistir de reformar as pessoas e a economia e deixá-las percorrer o seu caminho livremente.


Bernardo Botelho Moniz

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