quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Uma Pinga no Oceano


Saiu hoje o estudo para cortar os tais 4mil milhões, que como o Tiago já focou quer aqui quer no contascaseiras, é uma pinga no oceano que é o Deficit do Estado português.

Algo que o cidadão comum ainda não compreendeu é que o Estado corre o risco de ficar mesmo sem dinheiro, dizem por ai muitos que mesmo deixando de pagar juros e fazer o roll over da divida o Estado tem dinheiro para pagar as pensões e salários, etc..
Era bom (para os pensionistas e funcionários públicos) mas não é verdade, mas mesmo que fosse o que ocorreria? Bem entre muita coisa a falência do sistema bancário nacional, e com isso grande parte das poupanças dos cidadãos nacionais.

É que hoje o Estado não pode ligar para o Banco de Portugal e mandar imprimir o que precisa para pagar as suas despesas,  se não conseguir tributar nem pedir emprestado fica mesmo sem dinheiro.

Porque se dá tanta importância aos professores, médicos e afins, e os trolhas, empregados de mesa por exemplo não? uns são cidadãos de primeira e os outros de terceira?

É uma situação desesperante ficar desempregado, mas porque é que um empregado de mesa deve ver o seu posto de trabalho extinto para salvar um posto de um professor?

Sim porque quando o Estado aumenta os impostos destrói empregos no privado.

As pessoas querem ter tudo e mais alguma coisa mas que sejam outros a pagar.

Ontem vi na tv que Portugal era onde se pagava mais imposto, por exemplo para 300mil € pagava se cá 67,5% e por exemplo em França 40 e tal, com este exemplo cai por terra o mito da esquerda que os ricos estão imunes aos sacrificios, bem para eles secalhar o justo era uns 90% porque não 100%.

A realidade é que hoje assistimos a um sistema a falhar por todos os lados, e uma tentativa desesperada por o manter a funcionar, os mesmos que hoje dizem que o Orçamento é insconsitucional serão os mesmos que por daqui a uns meses, se o governo cair, que irão aumentar ainda mais os impostos, que irão deixar cair ainda mais o país na servidão.

Apesar de não ser grande fã de Hayek (demasiado socialista para o meu gosto) ele no seu livro "the road to serfdom" descreve um pouco o que se tem vindo a passar em Portugal.

Em relação ao post do Tiago, ninguém quer pegar não por falta de coragem, mas porque sabe que se o fizer o povo o vai obliterar nas próximas eleições e nas seguintes, as pessoas não gostam de ver as suas promessas rasgadas, não interessa se havia capacidade para as honrar, apenas que não foram nem vão ser cumpridas.

Se for chumbado o orçamento, Portugal será a próxima Grécia

PS- sou contra o orçamento, porque este aumenta impostos, e não reduz despesa, mas compreendo que os que são contra, são por mais impostos e mais desemprego e ainda mais Estado, sim é possível mais Estado

5 comentários:

Anónimo disse...

E se saíssemos do euro e nos fizéssemos à vida... não era porreiro! Destruíamos riqueza, mas pagávamos as dívidas, desvalorizando. O ouro do BP (se ainda lá estiver) suporta o nosso escudito.

David Seraos disse...

Muito bom post Filipe.

Podes dizer-me onde viste isso dos impostos na tv sff
Que no outro dia lembrei de pesquisar os impostos em Portugal e em outros países, para ter uma comparação.

"quando o Estado aumenta os impostos destrói empregos no privado."
esta frase é excelente, é pena é nem todos quererem "ouvi-la".

Se os professores e os médicos trabalham-se no mesmo "sistema" que os empregados de mesa ou os trolhas podia ser diferente, pois os empregados de mesa e os trolhas se querem continuar com o emprego tem de ser produtivos, enquanto os professores e os médicos já não.

Anónimo disse...

«Se os professores e os médicos trabalham-se no mesmo "sistema" que os empregados de mesa ou os trolhas podia ser diferente, pois os empregados de mesa e os trolhas se querem continuar com o emprego tem de ser produtivos, enquanto os professores e os médicos já não.»

Treta.
Ora, os professores e os médicos não são produtivos e os deputados são-no?

O problema maior é que não se ataca na despesa e não se julgam os responsáveis, com expropriações dos respectivos "impérios" ganhos à conta do tráfico de influências e negociatas opacas.

Anónimo disse...

Interessante, no mínimo: http://desporto.publico.pt/Londres2012/noticia/opiniao-de-vasco-pulido-valente-a-mao-no-saco-1564968

David Seraos disse...

Caro anónimo

Tretas? Se o caro anónimo o diz quem sou eu para contrariar

Os deputados isso é mesmo uma profissão? Não devia de ser, mas acredito que infelizmente é.

Os deputados são eleitos de forma democrática.
Os médicos e professores acho que ainda não são eleitos democraticamente, só se tenho visto mal os ultimos boletins de voto.

Agora que os deputados ganham demais para aquilo que fazem isso é algo obvio! Ainda por cima aquilo para eles é mais um part-time, porquê que eles iriam querer ser produtivos não é?

Agora que fala das fundações, tambem se pode juntar os institutos, as empresas publicas, tudo isso!