quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Letónia abraçou a austeridade


E deu-se bem...

Em 2008, no rescaldo da crise financeira, a Letónia, que acumulava um enorme défice externo, viu-se privada de financiamento e foi forçada a pedir um empréstimo de 7,5 mil milhões de euros à União Europeia e ao FMI.

O país seguiu uma rigorosa receita de austeridade, levada por vezes além do que prescreviam os credores. Depois de ter caído 3,3% em 2008, a economia afundou 17,7% em 2009 e 0,9% em 2010. 

Ainda assim, o défice orçamental passou de 9,8% em 2009 para 3,4% em 2011, prevendo o Governo que o desequilíbrio das contas públicas encolha para 1,9% no final deste ano, durante o qual a economia deverá crescer 3,7% – menos do que os 5% registados no ano passado.

Em contrapartida, as desigualdades sociais acentuaram-se no país e o desemprego permanece elevado, em torno de 13%, valor que ainda duplica o dos níveis pré-crise mas que está já distante do “pico” de 20,5% atingido em 2010.

Os mercados recompensaram a disciplina orçamental e os planos de adesão à Zona Euro: os “juros” da dívida pública a cinco anos passaram de 12% em Março de 2009 para um mínimo histórico de 1,7% no final do ano passado, segundo refere a Bloomberg. Aproveitando as condições favoráveis do mercado, Riga emitiu dívida ainda no fim de 2012 que lhe permitiu pagar a totalidade do empréstimo pedido ao FMI com quase três anos de avanço.

A Letónia – assim como a vizinha Estónia – tem sido exemplo do sucesso que alguns economistas e que a Comissão Europeia atribuem a políticas de desvalorização interna.



Comentário: 

A austeridade simplesmente funciona quando se faz aquilo que é preciso ser feito.

E ou se muda rapidamente de atitude em Portugal e se faz uma austeridade a séria ou a contrapartida será uma taxa de desemprego cada vez maior podendo chegar aos 25% da população ativa.

Uma boa austeridade corrige uma economia em poucos anos. Portugal vai querer agarrar o touro pelos cornos ou vai preferir optar por uma década perdida?

3 comentários:

helga r. r. disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Tiago Mestre disse...

Estás de parabéns pelo post

É exatamente esse tipo de austeridade que eu defendo e que todos nós sabemos que será inevitável, quer queiramos quer não.

Quanto mais tarde começar, pior. E se começar muito tarde, será tarde demais, e aí tudo será imprevisível

vazelios disse...

Excelente vivendi.

Sabem imprimi este exemplo e o da argentina para mostrar as pessoas mais teimosas como se devem fazer as coisas.

Ja desisti de explicar, vou passar a dar estes 2 exemplos e as pessoas pensem o que quiserem