segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

2 anos de exportações portuguesas

O INE já publicou os dados das exportações de Dezembro, fechando 2012.


Fica aqui o gráfico que resume os 2 anos de exportações portuguesas.
Nas exportações para a UE, o 4º trimestre foi mau, tendo o 3º trimestre marcado a inversão da tendência positiva que se registava desde 2009. O último trimestre de 2012 é pior do que o de 2011 em todos os meses.

Fora da UE as coisas correram bem melhor, tendo os primeiros 9 meses de 2012 corrido muito, muito bem. O último trimestre já não foi grande coisa, tendo as exportações fechado em Dez2012 pouco acima de Dez2011 (1017 vs 991 milhões).

Em termos globais, 2012 foi melhor do que 2011 ( 45,3 vs 42,8 mil milhões) Foi um crescimento de 5,8%.
Mas o que foi verdadeiramente bom em 2012 foi o 1º Semestre. O 2º semestre apresenta-se frouxo sobretudo dentro da UE:

1º Semestre na UE: 16,7 mil milhões               2º Semestre na UE: 15,4 mil milhões

1º Semestre fora UE:  6,4 mil milhões             2º Semestre fora UE: 6,7 mil milhões

 2013 será um grande desafio para os nossos exportadores, já que a UE afrouxou fortemente. Com o comportamento do último trimestre, não vejo como 2013 poderá ser melhor do que 2012.
Teríamos que receber muitas mais encomendas de Angola, Moçambique, Brasil e EUA. Oxalá que tal aconteça...

Tiago Mestre

2 comentários:

Anónimo disse...

concordo, mas agreve dos estivadores com quedas de mais de 10% em lisboa e setubal, alem da paragem prevista na autoeuropa??? e este ano com a refinaria de sines da galp a funcionar com certeza vamos exportar mais, não????

Tiago Mestre disse...

Espero bem que sim.

Mas desconheço a capacidade adicional que a refinaria da Galp em Sines vai ter após a conclusão das obras.
Por outro lado, a GALP tem sempre que comprar crude ao exterior, ou seja, o peso das importações será sempre pesado.
Leça da Palmeira será para fechar com as obras em Sines? Talvez, já que temos capacidade instalada mais do que suficiente para mercado interno, externo e sei lá que mais.

Em relação à AutoEuropa, a ideia que tenho é que 2013 será bem pior do que 2012. Ouvi o António Chora há 2 ou 3 semanas e as perspetivas de paragem são muito grandes. Espanta-me que queiram manter todos os postos de trabalho, mas enfim.

O que eu acho é que temos que estar atentos à parcela do PIB: Formação Brutal de Capital Fixo, leia-se Investimento. Se esta não começar a crescer ao nível da indústria, dificilmente retomaremos o caminho que se começou a inverter ali por volta de 2002-2005