terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

pensamentos meus


O principal obstáculo hoje, há resolução da crise nacional não é mais nem menos o sistema político.

Como sabemos existem vários tipos de democracia, basta olhar para os diferentes países para perceber este ponto.

Portugal vive num sistema democrático em que a representação é realizada via partidos, tudo o que estiver fora "não racha lenha", vejamos as decisões mais importantes sobre o nosso futuro, foram tomadas de forma unilateral pelos partidos sem consulta popular, a adesão há CEE, há UE, ao Euro, etc... foram tomadas sem recurso a referendo.

Em Portugal, para se ganhar eleições é só necessário mentir, prometer o que for mais conveniente e depois de chegar ao "pote", dizer que as condições não são as que se estavam a espera, que a situação é muito grave e toca a fazer o oposto ao prometido.
Desde que me lembro tem sido o curso tomado.

A realidade é que hoje existem politicos profissionais, pessoas que dependem exclusivamente do sistema, do Estado, por isso assistimos hoje a um diminuir das liberdades individuais sem paralelo, um Estado controlador.
O Estado hoje quer controlar um dos actos mais pessoais que existe, o consumo.
Se dermos o numero de contribuinte este fica a saber tudo o que compra-mos, existe maior controlo que esse?
Ficará com posse dos nossos gostos, do que atribuímos valor, para mim é uma ingerência brutal sobre a vida privada de cada um.
Hoje podemos optar por dar ou não o número penso que num futuro próximo iram tornar obrigatório.

A justificação é a que assim se reduz a fuga ao fisco, que assim se todos pagarem os impostos serão menores para todos, quem já se deu ao trabalho de estudar um pouco de economia pública (que foi o meu caso) rapidamente percebe que isso é uma mentira, a evidência demonstra que não, o politico quanto mais cobra mais gasta.
A realidade é a seguinte, o Estado pensa que tem direito a parte do rendimento de cada cidadão, se parar mos para pensar, rapidamente percebemos que vivemos numa tirania.

Vejamos, compra mos um carro, e pagamos IA, IVA, imposto de selo, vamos atestar o carro e pagamos ISP, IVA, pagamos imposto de circulação, somos obrigados a ter seguro e pagamos taxas e impostos sobre o mesmo, e depois o Estado ainda quer que pagamos para circular nas estradas (as Scuts).
Compra-mos uma casa (necessidade básica para não viver na rua), e cobra IMT, e depois toda a vida cobra o IMI, obriga nos a pagar um imposto sobre o que é nosso, e pode como o fez aumentar de tal forma a que somos obrigados a abandonar a casa por falta de condições para pagar o IMI e todas as despesas inerentes a compra de casa(empréstimo,etc..).
Cobra IRS a taxas absurdas.
Cobra IVA por tudo o que compra mos.

Como podemos ver o Estado tem a mão em tudo o que é rendimento, será imoral fugir aos impostos?

Sinceramente penso que é uma questão pessoal, quando era jovem achava pouco honesto este comportamento, hoje penso exactamente o contrário.
Porque é que o Estado tem o direito de ter parte do meu rendimento, ou porque tenho de pagar para consumir?

Dirão para fazer face as despesas do Estado Social.

Interessante, mas porque é que um jovem recém entrado no mercado de trabalho tem de pagar as reformas a quem se aposentou? quando se sabe que nunca irá ter acesso ao montante de pensão que os anteriores tiveram?
A TSU, IRS, IRC são impostos sobre os que criam riqueza, é o Estado a dizer, vocês querem criar riqueza, pois bem Eu exijo ser pago, faz me lembrar as mafias que solicitavam aos comerciantes o pagamento de um tributo para poderem operar em "segurança".

O Estado social no papel é muito bonito, o problema é que a realidade é diferente do papel, e o custo deste tipo de Estado Social estamos a paga lo hoje, e vamos continuar a pagar no futuro.

Maioria pensa que o problema está a ser ultrapassado, já vamos aos mercados, que estamos a fazer muitos sacrificios etc.....

A realidade é que apenas foi feito o mínimo para manter o sistema há tona de agua.

Como o Tiago tem vindo a demonstrar nos seus posts não existe austeridade, a divida não para de aumentar.

O problema é que a economia está toda dependente em crédito, em divida.

Sejam os privados seja o Estado, como é possível haver investimento quando não existe poupança?

A teoria dominante diz que não há problema que a divida não é problemático, que o crescimento económico resolve os problemas (o que em certa medida é verdade) e que o caminho para o atingir é o Estado injectar dinheiro na economia (o que foi realizado em 2009) que esta arranca.

Por muito que custe, e está a custar, é necessário a recessão, depressão chamem lhe o que quiserem, é necessário que a economia se reajuste para a nova realidade, a realidade é dinâmica não estática.
O que ontem era bom hoje pode ser mau, e devemos reajustar em conformidade.

A vida não é sempre a subir, nem sempre em segurança, a divida passada permitiu as pessoas pensarem que viviam em segurança, que o futuro não era incerto, que podíamos prever com exactidão o amanha.

A vida sempre foi incerta, imprevisível, pois o ser humano é imprevisível.

Tomemos um exemplo, a Kodak, uma empresa multinacional, que era líder de mercado, que era uma empresa com segurança, vieram as maquinas digitais esta não reagiu ao mercado e acabou por falir.

A ideia é que de um dia para o outro a realidade muda.

O caso da Peugeot que perde 100milhões por mês e o Estado francês não permite que esta se reajuste, irá levar ou falência da empresa ou o contribuinte francês injecte lá milhões.

Existem inúmeros exemplos a ideia a retirar é que nem tudo é para sempre, temos de mudar com a realidade, e por vezes a mudança é muito dolorosa.

Os politicos não conseguem cumprir o que prometeram, e ainda antes do fim iram intensificar o assédio e a repressão.

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