quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Este é o problema de errarmos nas previsões:

É que enganamos todo um povo.

Daí em tempos eu ter ficado ligeiramente obcecado em tentar perceber como poderíamos prever o PIB:
É PORQUE ESTOU FARTO DE SER ENGANADO !


Não tenho nada contra o Gaspar, até acho a figura curiosa, mas eu não gosto de enganar ninguém, e muito me entristece quando outros, conscientemente, me tentam enganar, com a agravante de não serem humildes e não reconhecerem os seus erros.

Caímos uma, caímos duas, eh pá, mas à terceira só já cai quem quer.

Eles bem tentam fugir da austeridade, tentando aplicar a versão austeridadezinha, mas a força das coisas reais e terrenas, quanto muito, deixa que se compre algum tempo, nada mais!

Tiago Mestre

4 comentários:

Pedro Miguel disse...

Volto a repetir o que já disse mais vezes.

As previsões do orçamento de Estado, são previsões com base em previsões de outras previsões.

A facilidade de erro é grande.

O que importa não são os números das previsões, mas se em cada momento se faz o que vai ajudar o país a resolver os seus problemas.

Tiago Mestre disse...

E como vamos "pedir" agora mais 800 milhões de cortes ao pessoal?
Sem credibilidade, sem face, sem vergonha.

Se eram só previsões e poderiam falhar, então que dissessem isso ao pessoal. Não prometessem crescimento ali ao virar da esquina nem mais austeridade em 2013.

Eu não conseguiria fazer isto e manter a minha dignidade pessoal ao mesmo tempo.

Daí ter sempre insistido aqui no viriatos e tb no Contas de que o corte de despesa terá que ser enorme porque não há receitas para isto tudo.
Para chegarmos ao défice Zero, avancei com os 10 mil milhões num só ano, para começar, como sabes, e depois veríamos, mas no total rondaria os 30 mil milhões de corte de despesa, já que a receita iria acompanhar a queda da despesa, até se chegar a um equilíbrio.

Provavelmente a nossa economia estaria um descalabro, mas como diz o Filipe, as recessões servem para limpar as bolhas.

Pedro Miguel disse...

Esse corte estava previsto, ele ia acontecer, so ainda n estava completamente lançado. Era o tal plano de contigencia contra o chumbo do constitucional. Mas ja quase todos tinhamos percebido e entendendo o gaspar, que esse corte ia existir.

Tambem concordo com o Filipe na limpeza de bolhas e contigo na reduçao brutal de despesa.
So nao posso concordar que ao fazer o que eu acredito, se estique demasiado a corda e o poder caia na rua e nos radicais que sao o oposto de mim.

Se o governo tentar fazer os pontos q a maioria dos viriatos acredita, o poder cai e voltamos atras.
No finak estariamos pior.

vazelios disse...

Concordo Tiago, irrita.

Mas se a imprensa, governo, oposição e as pessoas no geral não dessem tanto aparato às previsões e fizessem trabalho de casa de pensar na situação real actual e como podemos sair dela, não nos sentiamos tão enganados. Já sabiamos para o que vinhamos.

Numa entrevista em Setembro ao Vítor Gaspar, um jornalista (não me lembro quem) mandou esta PRIMEIRA pergunta (numa entrevista vista por talvez mais de 1 milhão de pessoas, primeira pergunta veja-se!!): Se falhar a sua previsão de queda do PIB de 1% como diz, demite-se?

Demite-se??? É essa a questão mais importante??? Continua a ser...o que interessa é fazer alarido e dizer quem falhou o quê! Um circo!

Uma solução importante poderia passar pela imprensa, se transmitisse melhor a mensagem e "educasse" as pessoas, como tanto blogue bom o faz! Um blogue que admiro muito é o jornalismoassim.blogspot que aborda estas questões. Não se discute o que se devia discutir.

Que vamos ter de encolher a economia, a despesa, e vamos ter de ser mais eficientes com cada vez menos, parece ser uma coisa que poucos reconhecem ou entendem.

O que se passa na imprensa parece um big brother politico economico.

O que mais me irrita é as pessoas ligarem a estas coisas e ninguém discutir o problema de fundo.

Se todos concordássemos que a nossa economia cresceu debilmente alavancada em divida, veriamos o problema doutra maneira.

Muitas pessoas me dizem que o problema actual é um problema de consumo, imagine-se. Nunca ouvi falar em produção ou em poupança...consumo!!