segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A minha moral


Se analisar mos a história do casamento chegamos há conclusão que esta "instituição" começou como uma forma de negociar entre os nobres, alianças, aumentos de património etc..., basta lembrar que maioria dos casamentos dos nobre era realizado por decisão dos pais e sem ter em opinião a opinião de quem se iria casar.
Basta ver qualquer série de época da televisão para perceber isso mesmo.

Com a modernidade e com o crescimento económico permitido pelo capitalismo, o casamento mudou de ser por interesse como citado acima para ser mais o casamento por amor.
Tornou-se normal as pessoas casarem e o quererem oficializar por uma ideia romântica muito propagada pela sociedade.

Mas a realidade é que o casamento é um contracto realizado entre duas partes, com direitos e deveres bem delimitados. O casamento é uma forma de salvaguardar as partes na divisão do património conjunto caso de ruptura do contrato, de salvaguardar uma das partes em caso de morte da outra (pensão de viuvez), entre outros aspectos.

A sociedade vende uma ideia, vende uma ilusão, desde crianças que o casamento é publicitado como algo de muito bom, algo que todos devem aspirar, principalmente nas mulheres, a esmagadora maioria quer o dia da boda, quer o dia da festa, o vestido branco, o copo de água etc..
As histórias de amor, do principe encantado, etc...

É a forma de assegurar a reprodução da espécie da forma que se pensa ser a melhor para a educação da geração vindoura.
É a matriz-judaico-cristã no seu expoente máximo.

Eu pessoalmente sou contra a ideia de casamento, penso que não é uma forma ultrapassada.

Hoje existe muito o lobby gay a fazer forcing para que o casamento gay (que já é possível) e a adopção seja possível a um casal do mesmo sexo.
Sinceramente não tenho capacidade para dizer se é positivo ou negativo para a criança ter país do mesmo sexo ou não.
Mas penso que se o casal (seja de sexos diferentes ou do mesmo sexo) eduque a criança com amor e lhe de as melhores condições, este será uma criança com fortes probabilidades de ser um cidadão funcional da sociedade.
Ser educado por um casal de sexo diferentes não é condição nem suficiente nem necessária para que a criança seja um membro produtivo da sociedade.
Acho que querer via legislativa obrigar as pessoas a fazer o que não querem é muito mau, sou favorável ao direito de as pessoas serem preconceituosas, apesar de Eu não ser.
Se uma pessoa não gosta de Gays, tem todo o direito de ser assim, e se tiver um estabelecimento e não quiser os servir, por mim tem todo o direito de o fazer. Agora Eu não sendo preconceituoso e se souber que esse estabelecimento tem esta atitude tenho o direito de o boicotar e se todos o fizerem e esse estabelecimento fechar o empresário vai perceber que ser preconceituoso tem custos.

As pessoas tem por hábito em meter o bedelho na vida privada dos outros, assim se explica o sucesso das revistas cor de rosa.
A mim é me completamente indiferente o que sujeito A faz na sua vida privada, não tenho qualquer preconceito para com gays, pretos, brancos, amarelos, vermelhos, azuis(admito sou um pouco preconceituoso para com o FCPorto), verdes( o scp é uma risota) etc..

Se os Gays querem celebrar um contrato regulado pelo Estado como é o casamento por mim estão há vontade, como por mim qualquer dois cidadãos de livre vontade escolhem celebrar um contrato ou realizar o que quer que seja de livre vontade e que não interfira com terceiros violando a sua liberdade, por mim estão há vontade, mesmo Eu não concordando com a atitude não a irei proibir porque não gosto.
O caso do incesto e do caso dos irmãos bem isso é diferente, o incesto geralmente não é por escolha do filho/filha mas antes uma violação do pai/mãe logo condenável dado que foi realizado via violência.
No caso dos irmãos, geralmente somos programados pelo nosso sistema a não ter qualquer atracção por um irmão dado o problema da consanguinidade é um mecanismo de defesa da espécie, de procurar não existir problemas genéticos.
Mas apesar de achar um bocado "nojento" se for algo que dois cidadãos querem e escolhem de livre vontade não vejo porque deve ser proibido, mas também não acho que as pessoas devam aceitar e tem o direito de agirem como entenderem (excepto de forma de violência)

Focam muitas vezes a moral da sociedade,  como argumento, para mim a moral é algo pessoal, quando começam a querem impor valores morais de outros em mim a coisa fica pesada, é normal que as pessoas em sociedade tenham valores similares, mas os valores são pessoais e não do colectivo.
Eu penso muito diferente que pensava quando era mais novo, e actualmente tenho uns valores algo diferentes do da sociedade portuguesa, mas são os meus são os que me para mim fazem mais sentido, é a minha opinião (que como digo sempre me interessa, são poucas as de quem Eu dou importância).

Eu tenho a minha moral e é me indiferente e irrelevante a moral da sociedade ou dos outros, o que me interessa é a minha moral.

Muitas das atrocidade cometidas pelo ser humano foram ao abrigo da dita Moral da sociedade.

Ainda há poucos anos cidadãos eram atacados fisicamente por terem uma orientação sexual diferente

Eu cumpro apenas as leis com as quais concordo moralmente, as outras que são lei mas contra a minha moral, por e simplesmente não cumpro e não tenho nenhum problema com isso, até durmo melhor.

A liberdade é isso mesmo, perceber que as pessoas podem ter formas de estar na vida diferentes da minha, e que tem o direito de fazerem como entenderem para serem felizes, como tudo na vida existem limites, liberdade pressupõe responsabilidade, e a minha liberdade acaba quando começa a do outro.

A pedofilia é de condenar dado que o ser humano só atinge a maturidade com determinada idade (segundo estudos o cérebro atinge a maturidade pelos 25anos), mas por exemplo um homem/mulher com 50 anos e ter um relacionamento com um/uma de 18 a mim é irrelevante.

A sociedade gosta muito de julgar as pessoas, mas é hipócrita e julga com critérios diferentes.

Vejamos o caso das queimas das fitas, são jovens embriagados e é considerado aceitável pela sociedade, mas um individuo embriagado já é condenado pela mesma. Um músico é visto como aceitável que consuma drogas, mas um atleta já é condenado. E etc....

Todos temos a tendência de ver o mundo com os nossos olhos, de ver apenas a nossa realidade, e esta é a correcta e não a dos outros, e infelizmente maioria quer impor aos outros a sua verdade, e não aceita que os outros tenham outra forma de ver (aqui entra o socialismo).
Os chineses tem um ditado "para me julgares tens de caminhar nos meus sapatos", muitas vezes julgamos os outros pela pequena parte da "história" que conhecemos, por vezes mudamos de opinião quando temos acesso a mais informação.

É uma temática muito complexa, mas Eu faço por não julgar os outros, nem por forçar a minha opinião e a minha maneira de ver o mundo aos outros.


Sem comentários: