sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
OS próximos tempos serão interessantes
Continuamos com a velha "conversa da treta" nos meios de comunicação, o Governo não aposta no crescimento, está a ir longe demais na austeridade etc...
Já chateia ver sempre os mesmo na televisão a dizer sempre o mesmo, tudo sempre com receitas milagrosas e mais não sei bem o que.
O governo esta a destruir a economia nacional?
Sim está, mas apenas procura manter o status quo a todo o custo, todas as ditas "reformas" encetadas por este executivo não é mais que uma tentativa desesperada de manter o sistema à tona de água.
O desespero é grande, compreensível a "mama" está em risco de acabar.
Vão cortando apenas o minimo que seja, de forma a conseguir aguentar o sistema.
A realidade é uma o sistema económico em que a sociedade foi construída faliu em 2008, e enquanto as pessoas não aceitarem isso a situação não irá melhorar.
Enquanto as pessoas pensarem que o Estado vai resolver o que quer que seja, vamos continuar a definhar.
Aqui e noutros blogs já se explicou que o que está a ser levado a cabo em Portugal não é austeridade e que não vai levar a lado nenhum.
Eu não compreendo como as pessoas não percebem que se a economia se sustentava em crédito, e em consumo que se deixamos de poder contrair crédito logo deixamos de poder consumir logo o castelo acaba por ruir.
E infelizmente o castelo ruiu e sobrou uma montanha de divida para pagar.
Aqui se percebe a diferença em crédito criado do nada e crédito assente em poupança.
Ao ser utilizado em consumo e não em actividades produtivas o endividamento levou há situação pela qual passamos hoje.
Em vez de aumentar mos a capacidade produtiva, consumimos em bens de luxo.
Interessante a história de Portugal está recheada de situações similares ao que se passou, não aprendemos com os erros do passado.
E quem não aprende com os erros do passado tragicamente está condenado a repetir los.
Sinceramente o sistema hoje começa a fazer parecer que o Estado Novo até não era assim tão repressivo quanto isso.
Já se pode ser multado por tudo e por nada, e a realidade é que a tendência será para piorar, dado que a voracidade será maior por parte do Estado.
A realidade é que o Estado não é sustentável.
Uma critica que faço ao Tiago é a sua insistência em prever com exactidão cientifica quanto será a recessão, isso é algo que não é possível em economia, é uma ciência social não natural, verdade que por vezes acertam mas até um relógio avariado está certo 2 vezes por dia.
Ninguém consegue saber quanto irá ser o desemprego, ou o montante da queda do PIB, nem saber com exactidão é importante, a realidade é que podemos sim prever uma tendência, e Esta é assustadora, o desemprego subirá fortemente e a quebra do PIB será bastante elevada.
Mas é evitável?
Não, o desemprego terá de subir obrigatoriamente, porque? Bem se temos uma estrutura económica assente numa realidade em que o crédito era fácil e o consumo bastante superior ao que produzíamos será natural que o emprego nestes sectores irá desaparecer com a alteração das circunstâncias.
O fenómeno do desemprego é Microeconomico, repito MICROECONOMICO não Macroeconomico.
O problema não é um problema de procura mas sim de oferta, por e simplesmente não produzíamos o necessário para a vida que levava-mos.
Falo no plural porque a realidade é que quer empresas, famílias e Estado se endividaram até ao pescoço.
Resolver o problema não é fácil e terá inúmeros custos e sofrimento, mas passa por desmantelar o sistema que vigora, mas como isso não vai acontecer por vontade própria este irá cair de podre.
A sociedade portuguesa não aguenta por muito mais tempo desemprego de 2 digitos, e desemprego acima de 20% e com os impostos vão fazer com que exista uma desagregação da sociedade.
O que irá ocorrer não faço ideia.
Penso que os partidos de extrema esquerda iram ter a sua oportunidade porque prometem o céu na terra e a maioria dos portugueses é ignorante a nível económico, e hoje acha que tem um direito divino a ter tudo de borla ou perto.
Os próximos tempos serão muito interessantes.
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5 comentários:
Em relação tentativa de prever o PIB tão cientificamente quanto me é possível, tal necessidade surgiu por estar farto de ser enganado pelas previsões "oficiais".
Tanto o Filipe como o Vazelios já referiram que não acham o tópico interessante, e o Pedro diz, e bem, que muitas são previsões baseadas em previsões, e portanto, convêm não entrar nos domínios da futurologia. Tendo a concordar com eles.
Interessa sim perceber as tendências do passado recente, porque essas, se se aplicarem ao presente e eventualmente ao futuro, serão bons indicadores para nos guiarmos.
Tentarei moderar-me nesta matéria...
Filipe, escrevi o meu último post sem ter lido primeiro o teu. Fi-lo agora e por coincidência há interseções na questão da dívida ter alimentado o PIB até 2008. Fica a nota
Quando é que saímos do euro?
Sem querer fazer futurologia, mas fazendo-a, com o empurrar dos problemas para a frente, lá para Outubro de 2015.
Agora mais a sério, e na sequência do post do Filipe, teremos duas respostas possíveis para a tal desmantelação do sistema: uma Europa federalizada em que nos manteremos no euro ou num euro2, ou então a desintegração, que nos levará a abandonar a moeda única.
Obrigado pela resposta: quando saimos do euro?
JB
Caro anónimo, pelo andar da carruagem, ainda falta destruir muita coisa até que os problemas se tornem prementes e obriguem os políticos a ter tomates, portanto, aponta aí para 2018-2020
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