domingo, 24 de fevereiro de 2013

A questão do tempo


Por João Vaz,
Os problemas agravam-se às vezes de tal maneira que parece já não existir solução. Há, porém, em Portugal, um ditado popular que diz que o tempo resolve muita coisa.
Os líderes políticos fixaram-se nessa ideia: mais tempo para pagar a dívida pública, mais tempo para cortar nas despesas do Estado, mais tempo para as reformas estruturais na economia e na organização da República, mais tempo até para ser presidente de câmaras e freguesias, etc.

Se alguém espera que as dificuldades se resolvam com o tempo está enganado. Os problemas do desemprego, da recessão económica e dos défices do Estado só se resolvem com mudanças na vida coletiva. Não se criam empregos por decreto, embora se possam destruir muitos empregos com um decreto como se tem visto. E quem pensa que o Estado pode fazer tudo, compra uma inevitável viagem ao inferno. Basta ver o que aconteceu nos estados comunistas onde se cantavam amanhãs de paraíso e se acabou numa hecatombe de opressão e carências. Até a China decidiu criar empresas e empresários para tentar sair da miséria. O estado a que chegámos em Portugal sufoca o empreendedorismo e mata a vontade de trabalhar. Tem de mudar, depressa.
artigo publicado aqui

1 comentário:

Anónimo disse...

"Até a China decidiu criar empresas e empresários para tentar sair da miséria"... É verdade, mas que mantém o poder concentrado é o ESTADO não são os empresários, como neste ocidente empobrecido. O ESTADO usa os empresários e não o contrário, como aqui em Portugal com as PPP'S e Bancos Privados (BES, BPI e BPN, BPP, BCP)...