Aquele que foi ao longo da última metade de século, apontado pelos socialistas ou sociais democratas (entenda-se social democracia europeia, não portuguesa) como um exemplo de sociedade e de modelo económico, carregou no travão e fez marcha atrás no caminho da estatização...
Desde a crise que se abateu na Suécia no início dos anos 90, a Suécia tem procedido a profundas reformas no sentido da liberalização e flexibilização da sua economia. Recordo a adoção do cheque-ensino, no governo de Carl Bildt (Partido Moderado da Suécia), que é a meu ver uma necessária reforma no nosso sistema de ensino. O governo socialista (social democrata no sentido europeu) que se seguiu bem tentou abolir esta reforma, mas sem êxito por pressão da opinião pública.
Apesar de ainda atualmente a carga fiscal na Suécia ser extremamente elevada, esta tem feito um esforço de a baixar ano após ano, bem como a dívida pública e a despesa. À qual dou os meus parabéns. Ainda assim, saliento o enorme peso de um Estado completamente desproporcionado.
via Insurgente:
- A despesa pública baixou de 67% do PIB em 1993 para 49% hoje.
- O imposto marginal máximo de IRS baixou 27 pontos desde 1983 para 57% hoje.
- O IRC vai baixar em 2013 de 26,3% para 22%.
- Foram eliminados uma série de impostos relacionados com: propriedade, riqueza, prendas e heranças.
- A dívida pública baixou de 70% do PIB em 1993 para 37% em 2010 e para 33% em 2011 (Wikipédia).
- De um défice orçamental de 11% em 1993 passou para um superávit de 0,3% em 2010.
- O sistema de pensões foi reformado passando de um sistema de defined-benefits para defined-contributions e fazendo ajustes automáticos com base na esperança de vida.
- Foi introduzido um sistema de vouchers no ensino que permite a liberdade de escolha dos alunos e que permite que escolas privadas compitam com escolas públicas.
Bernardo Botelho Moniz
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